O que causa a evasão escolar?
A evasão escolar pode parecer não ter importância, ainda mais quando falamos em escolas particulares, porém o debate é fundamental já que envolve, principalmente, a qualidade de ensino no País
Um tema complexo e de difícil aceitação é a evasão escolar, aquele efeito que faz com que diversos alunos, de várias idades abandonem os bancos escolares. Quando pensamos no ambiente particular de ensino, este assunto não ganha tanta força, mas ainda sim, é importante já que existem vários fatores que causam a evasão escolar, ou desatenção nos estudos, que gera o mesmo efeito.
Para se ter ideia, segundo levantamento pelo Todos Pela Educação, ONG voltada para o segmento, com base nos resultados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), constatou que há 2,5 milhões de crianças e jovens fora da escolas no Brasil. Mundialmente, este número chega a R$ 4 milhões.
Entre os problemas que geram a evasão há o bullying, um problema social amplamente discutido, que tira o interesse de muitos alunos pelo ambiente escolar. Também colocamos nesta lista falta de transporte, ou de recursos para que os alunos compareçam à escola; conteúdos extenso, mal elaborados e mal trabalhados, que geram desinteresse; estudantes que também precisam trabalhar são alvos deste problema e, ainda, a situação econômica.
Além disso, por todo o mundo, especialmente em escolas públicas, crianças refugiadas, também complementam as estatísticas da evasão escolar. É preciso olhar para estudantes estrangeiros que por qualquer razão passam a viver aqui e precisam se adaptar e estudar.
Por isso, escolas estrangeiras, ou com metodologias estrangeiras, são grandes aliadas no processo de diminuição de evasão escolar e, junto com a tecnologia (veja matéria já publicada aqui no blog sobre o tema), formam uma base forte para que os alunos se interessem a cada dia pelos estudos.
Em pesquisa realizada em 2018, o Banco Mundial mostrou que 2,3% dos jovens entre 15 e 25 anos abandonaram os estudos por causa da queda nos rendimentos da família. E este número sobe para 4,5%, entre estudantes na faixa dos 18 anos. Os números são mais preocupantes justamente porque há alguns anos a renda familiar brasileira vem caindo.
Este cenário deixa claro que é preciso, neste momento, ter foco no fator psicológico dos estudantes e inserir cada vez mais as novas tecnologias como aliadas para o aumento de interesse e interação dos nossos filhos no ambiente escolar.
“Plataformas e aplicativos têm ajudado muito no ambiente escolar, para desenvolver mais os alunos e engajar esse público com os conteúdos, de forma mais dinâmica e colaborativa”, comenta Léo Gmeiner, que é diretor de EdTechs (startups de educação), na Associação Brasileira de Startups (ABStartups) e fundador do Filho sem Fila, aplicativo pioneiro no mundo a levar mais agilidade e segurança ao processo de saída em escolas do Brasil e exterior.