Tecnologia nas escolas

Tecnologia nas escolas, um benefício inadiável

A cada ano que passa as tecnologias aumentam, são aprimoradas e as escolas vão inserindo estas ferramentas para melhoria de ensino, de desempenho e de facilidade no dia a dia

Já mencionamos aqui que a maioria dos professores no Brasil é adepta do uso de novas tecnologias para o ensino, pois é comprovado que, além de facilitar, ajudam muito no desempenho escolar. 

Contudo, estas modernizações não existem apenas para a aprendizagem, mas também para a gestão escolar como um todo, pois conectam os pais e a instituição de forma direta. E um dos processos mais beneficiados com a tecnologia na operação é o das matrículas. 

Se o colégio não estiver preparado com alguma ferramenta para auxiliar, essa época se torna complicada e morosa, porque, a depender da quantidade de alunos, o tempo e os profissionais envolvidos no processo podem não ser aproveitados da melhor maneira.

Segundo pesquisa do Cetic.br (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação), que realiza o estudo TIC Educação, desde 2010, com o objetivo de identificar acesso, usos e a apropriação das tecnologias de informação e comunicação nas escolas brasileiras, em 2018 foi registrado que 98% das escolas localizadas em áreas urbanas e que 34% de escolas rurais possuem, ao menos, um computador com acesso à internet, comprovando a importância dada pelas instituições às novas tecnologias. 

A TIC Educação 2018, coletada entre agosto e dezembro, teve como base escolas localizadas em áreas urbanas, em um total de 11.142 alunos, de 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e 2º ano do Ensino Médio de; 1.807 professores de Língua Portuguesa, de Matemática e que lecionam múltiplas disciplinas; 906 coordenadores pedagógicos; 979 diretores; além de contar com a participação de 1.433 diretores ou responsáveis por escolas rurais.

Para estas escolas que possuem acesso à internet, otimizar processos pode auxiliar positivamente no ganho de tempo, permitindo que os profissionais envolvidos possam executar outras tarefas. Da mesma forma que o aplicativo Filho sem Fila, também focado em escolas, ajuda no processo de entrada e saída dos alunos, mobilizando menos funcionários, trazendo mais segurança e agilidade.

Para o Doutor em Educação pela USP (Universidade de São Paulo), Francisco Amancio Cardoso Mendes, a tecnologia é muito importante para agilizar processos e beneficiar escolas.

“ O grande diferencial nas tecnologias digitais é fazer com que os dados sejam rapidamente e facilmente processados por meio de algoritmos bem definidos. Portanto, coletar, processar, armazenar e exportar dados recorrentes agiliza muito o processo. Nas matrículas, por exemplo, os dados a serem processados na Gestão Escolar giram em torno de informações que pouco sofrem alterações. Portanto, ter esses dados “imputados” no sistema de gestão agiliza o processamento e libera os colaboradores para atuarem de maneira mais assertiva e criativa com o processo”, afirma.

Ele ainda ressaltou o aumento de rendimento que a escola obtém com a integração destas tecnologias.

“Conheço várias escolas que utilizam ferramentas de gestão. Além do movimento na secretaria destas instituições cair consideravelmente, os profissionais conseguiram dividir o trabalho a ser executado em diversas funções que em outro momento não seria possível. Antes, basicamente, toda equipe da secretaria estava direcionada para atendimento aos pais, novos ou não, mas após a implantação de um sistema de matrícula houve um aumento da produtividade, aliada à uma carga de trabalho reduzida”, destaca o Dr. Francisco.

Além disso, entre as principais preocupações com a manipulação destas informações, são a segurança e o impacto social, sobre quais o especialista oferece três dicas importantes.

“Quanto mais nos preocupamos em segurança de dados e informações, mais devemos ter em mente que precisaremos de, basicamente, três movimentos. O primeiro é quanto menos pessoas estiverem envolvidas no processamento dos dados, melhor. Geralmente podemos pensar em três públicos, sendo pais, TI e secretarias. Assim, o segundo movimento é capacitar e conscientizar todos os usuários envolvidos no processo. Fazer com que entendam a importância do tratamento de informação e como ela é processada, estimula o usuário a pensar em sua prática social cotidiana. Por fim, manter tudo, e todos, devidamente atualizados e responsabilizados, oficialmente, pelas partes que lhes cabe. Isso tem praticamente um impacto imediato na postura e atitude”, orienta o professor.

Por fim, Francisco diz que as escolas precisam ter cautela ao integrar tecnologias em seus sistemas de gestão e de ensino.

“Antes de mais nada, a palavra certa é parcimônia. Quaisquer implantações de recursos tecnológicos exigem que os responsáveis sejam criteriosos. O que estamos acostumados a fazer em nossa assessoria educacional é desenhar e otimizar o fluxo de processos da instituição. Somente após essa análise deve-se procurar por sistemas que minimizem o tempo de interação dos usuários de uma maneira intuitiva e amigável, lembrando que quanto menor a utilização de papéis, eletricidade e tempo, junto com o aumento do nível de segurança, com protocolos e padrões atualizados, mais eficiente e sustentável será a implantação”, complementa.

E agora o papel de cada escola é se manter sempre atualizada, implementando gradativamente as novas tecnologias para que ganhem eficiência, tempo e possam dar mais atenção ao aluno, buscando um aprendizado mais próximo, intuitivo e mais humano.

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